terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ter as rugas forjadas de um sorriso e os olhos ermos, fechados para todos que não tu. Atentos, vorazes, esfomeados. Despem quem os interrompe, num exame incessante de entender quem está à altura. Ninguém está - nunca está. Só se acendem quando o outro marca um ponto e derruba, por rasgos de segundo, a parede erguida a gelo. Só se acendem quando o outro sabe jogar o mesmo jogo. Só se acendem quando o outro está à altura.
Mas o outro nunca está. Tudo o que fica é vazio.

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